Sexta-feira, 15 de Julho de 2011

A gramática é uma das minhas amigas fiéis. Se é certo que, por vezes, em ânimos exagerados, lhe posso roubar um bocadinho de verdade, não menos certo é que, sem ela, seria perturbadoramente mais infeliz. Escreveria as cartas de aviso sem brio ou brilho. Coisas cheias de pontos finais e reticências. A gramática é o motor da vida menos infeliz.



# Tiago Moreira Ramalho às 14:16 | | comentar

Terça-feira, 12 de Julho de 2011

Toda a arte se resume a uma busca por uma qualquer resposta, uma qualquer verdade. Das que sustentam a existência. Geralmente, é frustrada.



# Tiago Moreira Ramalho às 11:23 | | comentar

Sexta-feira, 8 de Julho de 2011

A pena é o mais elevado dos sentimentos. Olhamo-la de soslaio, mas o facto é que os sentimentos têm como primeira missão satisfazer quem os possui. E a pena é a afirmação involuntária de uma superioridade sobre o facto ou sujeito lamentado. Se tenho pena de ti é porque tu não mereces respeito, consideração, compaixão nem qualquer outro dos sentimentos nobres. Mereces a pena, o sentimento que me lembra, que nos lembra quão melhores somos. O irmão maroto da pena é o nojo, mas isso fica para outro dia.



# Tiago Moreira Ramalho às 21:42 | | comentar

Há dois anos que vivo quase diariamente um pouco numa estação de metro que se chama Jardim Zoológico. O outro Jardim Zoológico, o que tem os animais – na sua variante menos selvagem – fica a meia dúzia de passos, daí o nome. Passei pela vida nesse sítio, em minutos geralmente ansiosos pela chegada o comboio subterrâneo, sem pensar que um dia, por força das circunstâncias, me sentiria parte de um jardim, de animais ou não, em que seria assunto de conversa fiada, com dedo apontado, curiosidade, interesse alcoviteiro. Componho uma montra de artigo único com o que de mais ridículo a humanidade contém.



# Tiago Moreira Ramalho às 20:35 | | comentar

Já gastei oitenta euros na farmácia esta semana. A doença é só uma, mas ramifica-se além do compreensível pela mente humana. Avança, sem recuos, e espalha-se e domina tudo o que encontra até chegar ao exterior que acaba a destruir ou negligenciar sem qualquer pudor. Uma ida ao cinema, umas revistas estrangeiras, seis livros e dois filmes compõem o plano de recuperação definido. Por quem, não sei, nem me interessa. Viver mata. Fugir da vida faz-nos esquecer o elementar facto.



# Tiago Moreira Ramalho às 20:26 | | comentar

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Tiago Moreira Ramalho

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