Há uma regra elementar dentro de um partido: luta-se pela liderança e, no fim do conflito interno, há união de esforços para o conflito externo. Um exemplo bom, por claro e recente, é o de Barack Obama, que convidou todos os seus adversários directos para se juntarem a ele na administração. Encontramos o mesmo método em inúmeras outras situações, de outros partidos, outros países, outros tempos.
Posso estar enganado, mas creio que, independentemente do resultado nas próximas eleições do PSD, o vencedor não terá o estofo necessário para acolher os adversários e o vencido não terá a dignidade de manter uma postura honrosa. E isso faz com que nenhum dos dois candidatos à liderança do PSD seja um sério candidato a Primeiro-Ministro. E isso, meus caros, levará apenas a que a corte socrática, que, atenção, não é o Partido Socialista, se mantenha, talvez com alguma troca de cadeiras, indefinidamente no poder.