No seguimento
deste post, um dos promotores da Plataforma Cidadania e Casamento enviou-me um e-mail, um educado e-mail, há que notar, chamando-me a atenção para o facto de nem todos os que estavam na manifestação serem homofóbicos ou se reverem em alguns dos cartazes utilizados. É para mim óbvio que pessoas como o
João Távora ou o
Paulo Marcelo, que conheço, por exemplo, não têm preconceitos contra a homossexualidade. Acredito que o que os move contra o casamento homossexual sejam argumentos que lhes parecem plausíveis e sólidos, apesar de apoiarem uma plataforma de cidadãos que trata a questão da homossexualidade com uma confrangedora e mais que manifesta ignorância. E acredito, até, que se tenham sentido incomodados com a companhia que levavam. E isso leva-me ao ponto essencial deste post: eu não escrevi que todos quantos ali estavam apoiavam a presença de crianças com t-shirts de ódio, a presença de forças extremistas ou a utilização de cartazes daqueles. O que eu escrevi foi que, uma boa parte («em grande medida») dos que ali estavam apenas queriam passar a sua mensagem de ódio profundo relativamente àqueles que são, simplesmente, diferentes. Só e apenas isso.