Temos por natureza uma certa afecção pelo estado ilusório. Gostamos de comer o bife, sentir-lhe o sabor, mesmo que, no fim, não haja bife nenhum. É por isso que acusamos os outros se nos ‘desiludem’, quando na verdade deveríamos agradecer-lhes. Afinal, desiludirmo-nos é o primeiro passo para percebermos o que está subjacente à imagem. Se isso é bom ou não acaba por ser irrelevante.