Há dois anos que vivo quase diariamente um pouco numa estação de metro que se chama Jardim Zoológico. O outro Jardim Zoológico, o que tem os animais – na sua variante menos selvagem – fica a meia dúzia de passos, daí o nome. Passei pela vida nesse sítio, em minutos geralmente ansiosos pela chegada o comboio subterrâneo, sem pensar que um dia, por força das circunstâncias, me sentiria parte de um jardim, de animais ou não, em que seria assunto de conversa fiada, com dedo apontado, curiosidade, interesse alcoviteiro. Componho uma montra de artigo único com o que de mais ridículo a humanidade contém.